domingo, 7 de fevereiro de 2010

06/02 – Sábado


Fizemos amor ao acordar.
Nos abraçamos, beijamos, conversamos e voltamos a dormir.
Ele sugeriu que fossemos tomar café da manhã.
Eu queria perguntar o que ele faria no final de semana, eu queria mais um dia com ele, mais uma noite com ele, não tinha sido o bastante para matar as saudades.
Foi quando ele comentou que ia almoçar na casa da avó.
Percebi então que seus planos não eram passar o final de semana comigo.
Após o café, voltamos ao apartamento.
Não falamos de quando voltaríamos a nos ver.
Mas fazíamos planos como se fossemos passar o resto da vida juntos.
Ao mesmo tempo que ele contava que estava feliz sem celular, que não gostava de ser encontrado, mas que eu ter celular era importante para ele me encontrar.
Ele me apresentava a sua “versão urbana”, tão misterioso, tão desprendido, com uma vida tão complicada, que ele só me contaria um outro dia.
Por enquanto, era bom saber que haveria “outro dia”.
Eu já devia estar aparentemente triste, quando ele levantou para ir embora.
Descemos as escadas abraçados, e eu queria perguntar:
Quando? Quando nos veremos de novo?
Mas antes ele afirmou:
“Eu te ligo, ainda hoje ou amanhã.”
Voltei a dormir, a cabeça rodando.
Preciso manter a calma, manter a lucidez.
Fui almoçar com uma amiga e depois para o aniversário da minha mãe com outra.
Não conseguia me concentrar em nada, mas precisava evitar a solidão e não pensar.
O ambiente familiar estava me enlouquecendo, as fofocas, as falsidades, não dava mais.
Fomos embora antes de cortar o bolo dos 50 anos da minha mãe.
Rodamos por horas buscando um pouco de diversão ou distração, mas a noite fervia.
Voltei para casa e dormi na cama vazia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário