domingo, 31 de janeiro de 2010

29/01 - Sexta

Corri bastante com o trabalho pela manhã.
E pela tarde, curti um pouco de sossego.
Minha amiga veio dormir em casa hoje.
Duas garrafas de vinho e muitas decisões sobre a mudança.
Ainda nem sinal dele, mas surpreendentemente
O outro aparece, ele de quem ainda não falei
Que não passa de uma paixão paltônica
De volta das férias, sugere um chopp
É engraçado como a felicidade, anulou a decepção.
Ainda estou ensaiando para aceitar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Hoje e a Saudade

Estou animada com o trabalho de novo.
Estou animada com a mudança.
E estou com saudades, com muitas saudades.
Paro de hora em hora para checar meu e-mail.
Nada, nenhuma notícia.
“…Eu fiquei sentindo saudades do que não foi

Lembrando até do que eu não vivi

pensando em nós dois”.
Será que ele lembra da letra da música?
Será que ele lembra de mim?
Fico pensando aonde ele está agora, ainda na ilha,
Sentado na mesa do bar rodeado de duendes.
Ou então acampado na praia, curtindo a solidão.
Acho que ele ainda não voltou, pensar o contrário me chateia.
Mas também não nego o receio de um encontro acabar com a magia.
Talvez tudo acabe no esquecimento e só fique as boas lembranças sorrindo na minha memória.

Quarta 27/01

A felicidade tem me tornado mais tolerante.
Estou conformada com a decisão de continuar no trabalho, mais um ano, 
tentar dar esse passo com mais segurança.
O dia foi de muito trabalho, e de muitas lembranças, não consigo parar de sorrir.
Era isso, algo que precisava acontecer, aconteceu!
Não importa o amanhã, hoje estou feliz e tenho mais uma linda estória para contar.
A noite teve mesa de bar, matar saudades da amiga que estava de férias e cerveja meio quente, arghhhh….
Mas que delícia que foi, a noite acabou com a decisão de voltarmos a morar juntas.
Me mudo mês que vem!

Terça 26/01

De volta a vida real.
Estranhamente, já não me sentia tão segura em pedir demissão.
De repente, tive medo de demorar anos para ter essa liberdade de novo.
A hora da conversa chegou, comecei explicando o quanto tinha ficado chateada a última vez que falamos, e eles rapidamente se mostraram surpresos, tentei explicar que sentia que não gostavam do meu trabalho, e então pediram desculpas, elogiaram, voltaram a elogiar e afirmaram não querer que eu saísse.
Me senti aliviada e covarde. Voltando para a sala, me dei conta de como meu discurso mudou, eu pediria as contas para me livrar dessa profissão e era isso que deveria ter dito, não era pessoal, mas eu conduzi a conversa para uma chance de reatarmos os laços.
Agora percebo que deixei de acreditar quando soltei a sua mão e parti da ilha.
Passei o dia focada no trabalho, me pegava sorrido sozinha as vezes, lembrando dele, pensando nele e sentindo muita saudade dele!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

segunda 25/01 - A Partida


O bar fechou e levamos 3 cervejas para a barraca.
O agora, conseguia ser melhor do que o antes, não éramos mais estranhos.
Conversamos, nos abraçamos, sentimos saudades por antecedencia, nos entregamos e finalmente dormimos, poucas horas, o suficiente para aguentar as terminais.
Acordamos junto com o sol, aproveitamos os últimos momentos na barraca,
os últimos momentos na praia, os últimos momentos no bar em que nos conhecemos.
A tristeza começou a bater forte, parecia que nunca mais íamos nos ver, parecia que era o fim.
O papel e a caneta amenizou o desespero, trocamos e-mail, trocamos sugestões de livros, de filmes, de música, e eu percebia que essa é a diferença, admirar alguém, e eu o admirava, queria conhecer tudo aquilo que vinha dele.
Hora de fazer a mala, hora de caminhar até o ponto de partida, hora de dizer adeus, mas antes dizer o quanto foi especial.
Eu dentro do barquinho, ele sentado no pier, de mãos dadas, meu coração partido, e ele me dizia que lembrou de uma música, cantou um trecho…era  “O ultimo por do sol”, do Lenine.
Partimos, e não tinha como não olhar para trás, para ele sentado lá, para aquela ilha mágica.
No caminho de volta, o sol até ameaçava incomodar, mas a paisagem trazia a paz.
Chegando na capital dos negócios, ficamos 3 horas e meia paradas por conta de um alagamento.
“Agora era fatal, que o faz de conta terminasse assim”

domingo 24/01

Eu acampei, foi a sensação que tive quando percebi o sol.
E eu estava muito feliz, concluí quando com um beijo recebi “bom dia”.
Fomos os três para praia, não se via muitas pessoas por lá, mas tinha a mata nativa, tinha um mar imenso, tinha uma bica d’agua doce, tinha minha amiga, tinha ele deitado no meu colo e tinha um vento forte que cheirava liberdade.
Mas eu me sentia cansada, não tinha dormido, não tinha comido, queria deitar na cama e dormir por 2 horas, mas me sentia triste quando lembrava que amanhã iria embora e seriam duas horas de felicidade que eu perderia.
Fomos beber uma cervejo no lugar que nos conhecemos, de repente começou a me bater uma tristeza, a antecipação da partida, o medo de nunca mais viver aquilo.
Cantamos “João e Maria”, e quando chegou o verso final, dois companheiros de bar se sentaram na mesa, a conversa engrenou e meu sono também, pensei que aquele era o momento de ir para o quarto, mas quando falei com ele, afirmou também estar cansado e fomos juntos para a barraca. 
Eu não consegui dormir, ele sim, comecei a pirar, 36 horas sem dormir, sem comer e bebendo, a ilha, aquela felicidade incontrolável, sentir a respiração dele no meu ouvido, e o medo desesperador da partida que a cada hora se tornava mais próxima.
De repente pânico, eu precisava sair dali, precisava voltar ao mundo real, mesmo que fosse na pousada com minha amiga.
Tentei acordá-lo várias vezes, sem sucesso, pensei em apenas ir, acabaríamos nos encontrando, era uma ilha.
Mas tive medo, tive medo que o destino jogasse contra, tive medo de nunca saber o final, tive medo do nunca mais.
O sono dele era pesado, pensei que pudesse dormir até o dia seguinte, o dia da minha partida, tentei de novo, dessa vez pedi que se despedisse de mim, e então ele se levantou.
Não ia ser aquele o momento da despedida, íamos nos ver a noite, ele tinha acordado.
Fui para a pousada e voltaríamos a nos encontrar em uma hora.
Chegamos no bar e ele não chegava, era o único que não chegava…
Já éramos namorados para a “ilha”, e todos me perguntavam aquilo que eu mais gostaria de saber; aonde ele estava?
Quando me sentia quase convencida e convencendo a todos, que ele tinha dormido, lá vinha ele na grama molhada, iluminado pela lua, e com aquele sorriso lindo, que acalmou meu coração.

Essa noite chorei de rir, mesa cheia, tinha um besouro gigante, tinha um duende que cuspia fogo, e que nos dizia que éramos um monge e uma fada, eram poucas pessoas, pouco mais de meia dúzia, e eram tão especias, tão únicas… tão parte daquele lugar mágico, que tudo aquilo podia fazer parte de uma história do Gabriel Garcia Marquez.

Sábado 23/01


Acordei com a amiga no telefone, pensei que não íamos mais, pensei que estava chovendo e pensei que estava com sono.
Mas só existe um jeito de acordar cedo e ficar feliz.
Quando vou viajar!
Uma ilha, no meio do nada, rio de um lado, mar do outro, mata nativa, sem eletricidade…
Viajamos por mais de 1 hora pelo rio, o vento no rosto, os mangues, as tribos indígenas, o nada, o tudo.
Uma ilha, com uma comunidade muito simples, deixamos nossas coisas no quarto e fomos explorar o lugar.
Difícil descrever em palavras aquele lugar tão mágico e grandioso na sua simplicidade.
Sentamos na mesa de um boteco na beira do rio, tínhamos nós, e um moço sentado sozinho, começamos a conversar, uma pessoa fascinante, com muitas histórias para contar.
As horas iam passando e eu ia me encantando!
Ao anoitecer eu estava no camping tomando um café feito na barraca.
Eu que sempre quis acampar, me sentia de alguma maneira realizando aquele sonho.
Ele precisou me dar uma carona até a pousada, com sua lanterna.
Nos encontramos 1 hora depois no único bar que funcionava a noite.
E foi admirando a lua que aconteceu o primeiro beijo.
Juntos, curtimos a noite com os amigos, e quando tudo acabou, fomos para a praia admirar as estrelas.
Voltamos para o camping e sem domir vimos o dia amanhecer de dentro da barraca.

sexta-feira 22/01


Não consegui levanter da cama.
A oportunidade é tentadora e assustadora, não podemos negar, mas acho que como uma forma de garantir a minha decisão, hoje faltei, mas passei o dia na cama, sem ânimo para nada.
A noite teve mesa de bar.
Eu me dizia leve e decidida, contava empolgada para todos a novidade, mas sentia que no geral me julgavam louca.
Ainda tinha uma viagem pela frente, resolvi tentar não pensar mais, apenas aproveitar os próximos dias que prometiam ser ótimos.

Quinta-feira 21/01


Triste, acordei triste.
O “bip-bip” do cellular, era para avisar que a colega do trabalho ia faltar.
Aviso de um dia ainda mais difícil, se em duas não damos conta, uma só…
E eu só me perguntava porque mesmo tinha feito essa escolha, porque fui começar a trabalhar tão cedo, porque fui morar sozinha ao invés de fazer a faculdade….?
Queria ter a oportunidade de ter feito tudo diferente.
Dizem que as mães, tem sexto sentindo, devem ter!
A minha me ligou no final da manhã, e sem nenhuma informação que a pudesse fazer entender como me sentia… disparou a falar ao telefone:
_ Recebemos uma proposta para mudar para casa ao lado, é maior, não teria porque, mas pensei em você, pensei que esta em tempo de se livrar dessa profissão, de ter tempo para estudar, você não tem de passar por isso, você tem uma família, e hoje eu garanto que posso bancar isso, volta para casa!
Mais de treze anos depois, eu tenho a chance de fazer diferente…
Enquanto ouvia ela falar, eu andava de um lado para outro, tentando fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo, devia pedir para ligar depois, mas eu precisava ouvir aquilo.
E quando me peguei diante de mais uma, das grandes barbaridades que fazem parte do meu dia a dia, me peguei sorrindo.
Alguém assistiu “O Diabo Veste Prada”? Não vou falar sobre cinema, apenas sobre as lágrimas desperadas de invenja que sentia toda vez que via aquela menina, tão sonhadora quanto eu, tão batalhadora quanto eu, tão vencedora quanto eu, jogar o cellular naquela fonte e partir caminho oposto a tudo aquilo!
Eu não vou mais fazer parte disso, o universo esta me dando outra chance!
Hoje admirei muito minha mãe!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O "causo" de ontem


Minha infelicidade é nítida, não consigo superar.
O mais desesperador é olhar para frente e não ver saída.
Ontem “fuji” ainda na luz do dia, graças ao nosso horário de verão.
Finalmente, algo aconteceu.
Mesa na calçada, cerveja gelada, duas amigas, uma 5 anos mais nova, outra 8 mais velha.
A mais nova contava o quanto estava cansada e assustada com o rítimo daquela profissão, ela já temia perder sua juventude afundada em trabalho e deixar a vida para segundo plano.
Eu, vivendo meu momento de maior frustração, só podia constatar que ela tinha razão e que se eu tivésse uma chance, faria diferente.
A mais velha deu continuidade dizendo que ia mudar, ela tinha muitos planos, estava decida a agarrar a primeira oportunidade que a tirasse daquela “falta” de vida.
Sonhamos com diversas possibilidades, depois pensamos em projetos paralelos que pudésse distrair nosso desgosto, deixamos a imaginação fluir e com a ajuda da bebida, chegamos a dar boas gargalhadas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

23horas


Acabei de chegar do trabalho.
Ai que saudades de ter tempo…
Tinha tanto para fazer, escrever tem sido uma válvula de escape necessária.
Mas não tem dado… e nem tenho assunto.
Queria ter tempo!
Mas já acostumei tanto com a sua falta, que só de pensar  nele, sinto culpa.
Queria ter tempo e direito para viver.
Socorro, aonde fica a saída?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Hoje

Continuo com aquela sensação de que tem algo errado.
E realmente tem, a falta de tempo e de coragem.
Minhas contas estão atrasadas, tenho mil coisas pendentes, esta tudo uma grande bagunça.
Tenho tentando focar no trabalho, mas percebo que sou apenas uma e não posso fazer tudo ao mesmo tempo.
Se me dedico aqui, falta ali, deveria ter coragem de assumir isso.
E nas horas vagas mantenho a cabeça ocupada com qualquer coisa que não me faça pensar.
Como eu queria voltar a ser criança!
Pensando bem, não queria não, minha infância não foi nenhum conto de fadas.
Talvez fosse melhor nascer de novo, mas então, poderia ser ainda pior.
Ter ganhado a Mega-Sena da virada, isso sim seria o ideal.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Domingo


Fiquei na cama até as 13h.
Levantei e fui buscar minha amiga de ontem, almoçamos no shopping e fomos ao cinema. Sherlock Holmes.
Médio, como eu imaginava.
Morna, mais ou menos, média… essa tem sido a minha vida.
Nem acabou o primeiro mês do ano e já estou com medo de abrir a minha lista de metas para 2010.
Alguma coisa, precisa acontecer!!!

Ontem


Acordei com minha amiga ao telefone, desmarcando o almoço.
Fui para casa de outra amiga, fizemos uma comidinha e depois fomos tomar umas.
Ando sem muita empolgação, sem muita animação.
Preciso reagir, lembrar que tudo na vida depende do ponto de vista.
Pensar que não é só a minha vida que tem dias ruins.
Vivo numa eterna busca por motivação.
Me confundo no conflito de identidade.
Vivo querendo ser quem não sou, chego a concluir que ser quem sou é que me faz feliz, depois discordo, e então penso que devo me aceitar.
As vezes tenho a sensação que minha cabeça vai explodir.
Não consigo ficar sem pensar, nem por um segundo, minha cabeça não para.
Preciso desligar!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

15/01 - Finalmente Sexta!



Ressaca “branca”!
Minha costumeira amnésia alcóolica, dessa vez foi mais generosa.
Eu lembro de praticamente tudo, me lembro da “conversa” com ela, me lembro dos pouco momentos com ele, me lembro de todas as vezes que me disse o quanto estava feliz por eu ter ido, me lembro que o vinho era bom, e me lembro da blitz.
Posso dizer que o dia de hoje, foi as lembranças de ontem, com intervalos para o almoço e duas reuniões.
Hoje tive certeza que não serei mandada embora, pelo menos não é a inteção agora.
A vida parece estar voltando ao normal.
Amanhã tem almoço que começa as 15h e termina só no dia seguinte.
Ser feliz, é preciso!!!

Ontem - 14/01


Ainda não estou me sentindo segura no trabalho.
Sei que não faz sentido, que se a intenção fosse me mandar embora, isso já teria acontecido.
Mas recebi um telefonema chato do meu chefe, me perguntando se tinha comentado com alguém sobre a conversa de sexta.
No primeiro momento foi um choque, não podia imaginar como isso tinha vazado. Depois me lembrei de uma pessoa com quem comentei. Por que eu falo tanto? Por que eu confio tanto nas pessoas?
A gente vive tentando mudar, “melhorar”, mas melhorar para quem? Se sou assim, não deveria apenas curtir isso?
O que é ser melhor? E de novo, para quem?
Seria feliz sendo quem não sou?
Depois do dia tenso, lá vou eu, para a “jaula dos leões”!
Passei na casa da amiga, revi a família, que considero a minha segunda, foi bom para me lembrar do quanto tudo aquilo é importante para mim.
Fomos para o aniversário. Muito papo no caminho. Tanto assunto para colocar em dia!
Quando chegamos, lá estava ele conversando com alguns amigos, ele ficou surpreso em me ver e nitidamente feliz. Girei o olhar pela sala para saber se ela estava lá, e sim, estava.
Não posso dizer que senti ciúmes, de alguma maneiro muito estranha me sinto segura, como se eles estarem juntos dependesse da minha vontade.
No fim, eu e a amiga, nos isolamos da festa e no meio da primeira garrafa de vinho, decidimos falar sobre o “assunto”.
Meu sonho fazia sentido, foi uma conversa desnecessária, mas confesso que mesmo sabendo disso, me fez muito bem, estou mais leve.
Como é bom ser eu mesma!
Fomos embora quando se recusaram a servir a terceira garrafa.
No caminho de volta para casa, fui parada por uma blitz, acho que o policial percebeu que aquele era um momento especial para mim, pois apesar das evidencias, não me fez enfrentar o bafômetro, apenas sugeriu que fosse com cuidado para casa!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

13/01 - Quarta Morna

No meio da semana, sempre me vem essa sensação de “morna”.
Dias se passaram e nada de novo aconteceu.
Não sai, não conheci ninguém, não dei gargalhadas.
Trabalhei mais do que gostaria e escrevi de menos.
Hoje tive de escolher, entre a mesa de bar ou o laptop.
Aqui estou… chego a pensar que devia ter ido, mas então, que horas vou escrever?
No fim, precebo que essa é uma das poucas metas para 2010 que tenho respeitado.
Já me esqueci de tentar não beber, mas também não tive mais insônia.
Amanhã tenho o aniversário de um ex-namorado, já faz alguns anos, meu primeiro namoro após a separação.
Nos apaixonamos, durou 3 semanas, minha empolgação fugiu pela janela sem se explicar.
Retomamos contato a mais ou menos 1 ano. O encontro foi gostoso e prometia resgatar aquela paixão, mas de novo sem explicação, nos perdemos.
Noite dessas ele esteve em casa, tão mudado, tão lindo, tão livre, leve e namorando.
Conversamos até amanhacer, tanto assunto, tanto carinho e ele ali relembrando o quanto foi apaixonado por mim, com a ingenuidade de uma criança, como se aquelas revelações não pudessem me despertar interesse.
De repente, ele era o homem da minha vida, senão fosse estar namorando…
Temos nos falado bastante ultimamente e amanhã estarei lá, na comemoração do seu aniversário, no meio da “jaula do leão”.
Me pergunto: Será que ela vai estar lá? Possivelmente!
Sozinha não posso ir, vou com aquela amiga, que briguei, que sonhei, que reencontrei sábado.
Agora me pego em dúvida, com receio. Será que posso confiar nela?
Será que ainda não é cedo para leva-la novamente para o meu meio de amigos?
Talvez o sonho não faça tanto sentido. Talvez uma conversa seja necessária.
Quando foi que tudo ficou tão complicado?

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

13/01

Um dia sem grandes emoções!
Ando respirando trabalho, ainda afetada pelas ameaças.
Não sobra tempo... de novo o dilema, de novo a falta de tempo.
Tenho tentando ser racional, manter o equilibrio, sempre!
Depois de um dia inteiro "off line", não tenho muito o que contar.
Tive três momentos felizes no meu dia, amigas ligando para saber das novidades.
Não tenho novidades, parece até que nada aconteceu, se existe algum mal estar, é dentro de mim.
De repente percebo que isso vai fazer parte da minha vida nessa empresa.
Vou ter de aprender a ignorar as ameaças, relevar os dias ruins, enfim, preciso pensar na minha carreira, e não tenho sido muito tolerante.
Só preciso de mais tempo, tempo livre para escrever.
Só preciso dos amigos por perto, para saber que vale a pena!!!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

11/10 - Segunda


Hoje é o que podemos chamar de segunda-feira.
Acordei com uma ressaca de tanto dormir.
Aquela sensação que eu odeio, de que está tudo errado.
Cheguei no trabalho e voltei para o e-mail gigante.
O dia foi corrido e ao mesmo tempo, tudo correu normal…
A noite, estava mais calma e resolvi ponderar no e-mail,
junto anexei parte dos planejamentos que aceitava estar em dívida.
Quero que chegue logo amanhã, quero que essa sensação saia de dentro de mim.
No fim do dia, eu tinha certeza que já era terça, essa confusão já esta me deixando perdida no tempo… tempo, tempo.
Tenho medo da falta de tempo, de perder tempo.
Será que estamos aqui só para trabalhar mesmo?

08, 09 e 10/01 – Resumo do Final de Semana



Tudo indicava que seria uma sexta normal de trabalho.
Com 5 horas bem dormidas, eu me sentia mais disposta,
prestes a ser feliz, a noite chegaria e eu ia viver sem culpa,
encontrar os amigos, sorrir com liberdade….
Mas pouco antes da noite chegar, fui chamada para uma reunião.
E para a minha maior surpresa, fui banhada por críticas, muitas delas, todas elas, algumas até tinham sua razão, mas a maioria injustas…
Sabe quando você sente que é um dia ruim e foi escolhida como “bode-espiatorio”?
Paciência e Aceitação. Paciência e Aceitação.
Fui buscar dentro de mim aquele equilibrio que tanto quero para 2010.
São Pedro também resolveu se manifestar e voltou a inundar a cidade com as terríveis chuvas de verão, o que resultou o adiamento do esperado encontro, que hoje, se tornará fundamental.
Sozinha em casa, queria escrever, olhar o blog, fazer as coisas que tanto me fazem bem, mas eu não conseguia desligar, eu tinha minha parcela de culpa, também precisava me posicionar, comecei a fazer relatórios, depois escrever um longo e-mail, e assim fui até entrar na madrugada. Com sono, resolvi deixar para reler as palavras no dia seguinte ou talvez no domingo. Sábado estaria finalmente com os amigos, talvez fosse melhor esfriar um pouco a cabeça antes de decidir o que fazer.


Sábado levantei da cama meio-dia.
Fui encontrar os amigos, finalmente, senti o gosto delicioso de estarmos com a nossa turma. E estavam quase todos lá, os mais importantes.
Aquela amiga com quem sonhei, bastou um abraço e uma lágrima, para saber que o bem querer é maior que os erros que cometemos.
Determinado momento, olhei em volta, respirei fundo e pensei: Estou feliz!
Como preciso deles, de todos eles reunidos naquela mesa de bar.


Domingo o meu nome era ressaca.
Nem era tanto da bebida, mas das críticas de sexta.
Ainda me sentia tão insegura… tão confusa.
Escrevi um pouco, voltei a dormir, reli tudo e voltei a dormir.
Depois eu só acordava para poder voltar a dormir.
Certamente coloquei o meu sono em dia, não deu tempo nem de comer!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

07/01 - "PS" da Madrugada

Hoje me esqueci das promessas.
Sem culpa, bebi meia garrafa de vinho.
A minha “alforria” foi em casa, mas quebrei uma das regras que criei.
E agora posso beber em casa!
Não é fantástico?
A vida é simples assim… (um bocejo)

07/01 - Noite

Noite! Companheira fiel…
Aqui estamos nós novamente e eu sem esperanças de dormir.
Não sinto sono, é incrível isso, estou cansada, mas não chego nem a bocejar, é como se o sono não fosse necessário, mas o corpo não acompanha…
Acho que o meu mal é falta de felicidade, não estou triste, mas também não estou feliz, e intensa como sou, esse é o estado menos inspirador que posso me encontrar.
Prefiro o sofrimento, tem seu valor, é a maior prova de que fomos felizes.
Por isso não me importo em quantas lágrimas vou derramar ou quantos casamentos vou desmanchar, o importante é que depois da dor, venha a felicidade novamente e que a vida nunca fique “mais ou menos”.
Eu tenho sede de vida, sede de sentimentos borbulhando nas minhas veias…
Penso tanto naquele momento, no leito de morte, quando farermos uma retrospectiva de nossas vidas, quero poder respirar fundo e em paz ter certeza que valeu a pena!!!
Isso é o fantástico da vida, se permitir, experimentar, saber que nenhum dia será igual ao outro, saber que a tristeza pode te fazer feliz e a felicidade te fazer triste, ser livre, não julgar, não se sentir julgado, não buscar explicação, entender que as únicas regras são as que criamos, e desejar apenas existir…
Um brinde ao dia de amanhã!
Será que vou dormir? Caso contrário, amanhã será domingo, desde então não acordo, já que não durmo. Posso não trabalhar então?

07/01 - Tarde


Lá vou eu para mais uma reunião com aquele cliente.
O ano começou cheio de desafios.
A reunião atrasou mais de uma hora e ficamos papeando.
Desastrosamente o assunto “casamento” aparece na conversa, imediantamente ele me olha, e eu já sabia que viria uma piada:
“Pois sim, vocês sabiam que ela já casou 11 vezes?”.
“Estou a 4 meses, 6 horas e 20 minutos sem me casar”, respondi.
(Gargalhadas)
Quando percebi minha vida amorosa estava exposta e virou diversão.
Fui cumplice nas piadas, compartilhei das risadas, até que tentando finalizar o assunto:
“Bom gente, mas quem sabe um dia eu acerto”,
ele abriu um sorriso largo: “Você acredita que é isso que quer?”.
Se ele soubesse, que até hoje foi o único que me fez acreditar!
“Claro que não, estava só brincando”, respondi sem pensar…
Será que vou me apaixonar novamente?
Será que vou acreditar novamente?

07/01 - Manhã

Acho que a insônia esta começando a abalar o meu humor.
Fui trabalhar me arrastando, sem vontade para nada.
Sentada na minha mesa, percebo que aquilo é tudo que tenho no momento, meu trabalho e minha casa. De casa pro trabalho e do trabalho para casa.
Escrever tem me ajudado a manter a lucidez.
Sinto falta dos meus amigos, a frase: “Vai procurar sua turma”, nunca me caiu tão bem.
Tenho convivido com pessoas tão diferentes de mim, hoje soube que uma “amiga” das férias ficou “puta” porque bebi muito na última noite e cheguei em casa tropeçando.
Considerando que estávamos de férias, não deveria apenas ser engraçado?
E ela não está errada em se chatear, eu é que estava no lugar errado.
Sinto saudades das gargalhadas nos botecos, mesa cheia, todos falando alto, mais gargalhas, cervejas e cervejas muito geladas, gargalhadas, as declarações embriagadas, os abraços tortos… ahhhhhhhhhh, que falta sinto!
Amanhã serei eu, amanhã serei feliz, amanhã terei uma mesa na calçada e Amigos ao meu lado… chega de férias para todos, quero voltar a minha vida normal.
Ah se eu conseguisse dormir essa noite para chegar mais rápido!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

06/01 – Madrugada ou 01/01

As férias foram estranhas, sem muita opção, decidi me aventurar em uma viagem com pessoas praticamente desconhecidas, mas o que prometia ser descontraído, chegou a ser tenso, ambiente familiar, planos opostos e opiniões contrárias.
Tentei dentro dos meus limites me adaptar a situação e administrar a frustração.
Já a virada de ano ameaçou ser especial, depois ameaçou ser tediante e então me fez crer que seria especial novamente.
Quando voltei do banheiro, tinha alguém “estranho”, foi essa a sensação que tive ao olhar aquele homem, sentado no sofá ali na minha frente, girei o olhar pela sala, continuavam lá, todos os "estranhos conhecidos", mas esse era diferente, novo.
Lembrei da última paixão, aquela que talvez nunca mais sinta, lembrei que foi assim, muito parecido.
A meia noite estava muito próxima, descemos para ver os fogos, ele como um bom carioca não teve medo de se aproximar, e me beijou ainda com algum tipo de comida na bouca, que de tanto nojo, me recusei a tentar identificar.
Definitivamente a noite seria um fracasso!
E de novo tive dúvidas se voltarei a me apaixonar…

06/01 - Noite

A reunião acabou agora!
Já é noite, o cinema de hoje vou pagar no final de semana.
No trânsito morrendo de medo de ficar alagada, lembrei das sábias palavras de um amigo.
Ele me dizia que não aprendo a tocar violão, ou não descubro um outro talente, porque sou dispersa, que se realmente fosse importante para mim, me dedicaria, não seria obrigação e sim prazer.
O violão vai continuar como objeto de decoração, mas escrever é algo que me sinto capaz, capaz de praticar, de me dedicar, estudar, me faz bem, chega a ser necessário.
Parei para comprar um vinho, hoje vou dormir!
Agora sentada escrevendo, olho para a taça cheia e me sinto culpada, ainda mais por não ter ido ao cinema.
Lembrei do meu sonho, das decepções, das espectativas; quanto peso, quanta cobrança, quanta ambição pela perfeição.
Ainda assim, sinto que a felicidade está aqui: Escrever sem pretensão, apenas pelo prazer de praticar, e nesse cálice rubro de inspiração, deixar o pensamento dançar acompanhando o rítimo dos dedos no teclado.
Por que sempre queremos ser quem não somos?
Por que essa insatisfação permanente?
Hoje não fiz nada que prometi, mas vou dormir embriagada de uma paz contagiante…
Afinal, não se faz, o que não se quer fazer, com prazer!

06/01 - Tarde

Tenho reunião agora a tarde, a primeria do ano.
É animador começar o ano assim!
No caminho para o cliente, estou pensando nele, “ahhhhh” ele, a minha maior paixão… eu fuço e fuço na minha memória e não me vem uma paixão maior…
Então penso: Será que vou me apaixonar assim novamente?
Estou na sala de espera, ele ainda não chegou… uma esperança tola me faz crer que é possível reconquistá-lo, a porta do elevador abre, lá vem ele com aquele sorriso leve, passos soltos, um abraço gostoso. Ele começa a contar o roteiro das férias… está tão feliz, e sua felicidade espanta a tola esperança!
De novo penso: Será que vou me apaixonar assim novamente?
Sentir vontade de gritar de tanta felicidade? Acordar inspirada mesmo nas manhãs cinzas? Dormir sorrindo e babar no travesseiro?
Que saudades de me sentir assim!!!

06/01 - Manhã



Levantei de mais uma noite sem dormir.
Esperadamente hoje me sinto mais cansada.
No trabalho resolvi tomar meu café sozinha, precisava pensar no sonho que tive nas duas mínimas horas que consegui dormir...
Ano passado, tive uma grande decepção com uma amiga muito importante.
Me senti traída e sofri muito, com o passar do tempo a falta que ela me fazia, passou a superar a importância da sua atitude.
Agora que tudo está voltando ao normal e vamos nos encontrar, tivemos a nossa conversa no meu sonho...
E ela me dizia que sim, que a vida era assim, que agiu daquela maneira pois existe um momento em que temos de fazer uma escolha e dessa vez não fui eu, apesar da minha importância, quando temos de escolher... não podemos ter os dois!
Minha manhã foi tranquila, o que rendeu muita reflexão sobre a "conversa".
Eu penso que ela podia ter me avisado antes, que se tivésse sido assim, tudo seria diferente.
Mas que importância tem isso agora? Não podemos voltar atrás!
E então percebo que essa conversa que eu julgava necessária… não faz sentido e isso me deu um alívio enorme!
Como é bom perdoar, mas perdoar de coração, perdoar você, por não perdoar as pessoas que não agem da sua maneira e mudar… mudar para ser leve!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

05/01

Hoje cheguei no trabalho ainda dopada da insônia de ontem/hoje.
Degustando um café comecei a desabafar com a colega...
Ela então me disse: Você é muito estressada!
Respondi: Sério? Você acha?
Ela usou como exemplo um episódio que vivemos no final do ano, aonde ela cometeu um erro por preciptação, sendo esse caso, fico na dúvida se sou realmente estressada.
Ansiosa sim, demais, mas sinto que o estress eu guardo para as minhas horas me revirando na cama.
O fato é que o comentário me rendeu uma tarde me reavaliando.
Por que será que a opinião dos outros tem tanta importância?
E por que não conseguimos filtrar os comentários e ficar apenas com aquilo que nos importa de fato?
Ta aí mais uma meta para 2010!!!
Depois dessa, vem a meta de controlar as minhas espectativas.
Comecei esse ano com muitas magoas, que nasceram das decepções que as minhas espectativas causaram.
Como é difícil aceitar as pessoas, por não serem o que esperamos que sejam...
Mas com calma eu chego lá!
Uma coisa de cada vez, hoje preciso resolver o meu problema de insônia.
Passei na farmácia, comprei uma "maracugina", um chá de camomila e um tampão de ouvidos.
Direto para casa, tomei um banho relaxante, tenho mais 2 horas para ficar no computador, depois colocar em prática todo o ritual, cama, chá, livro... vamos ver no que dá.
Amanhã é dia de cinema ao menos deveria ser... estou testando os meus limites disciplinares, por enquanto estou indo bem.
Quinta-feira terei a minha alforria e poderei sentar no boteco, sem culpa!

04/01/2010


Finalmente 2010!
É impossível não me encher de esperanças e acreditar que esse será melhor que o passado.
Mas quando olho para trás, percebo que sou a única responsável pela minha felicidade, e isso nada tem a ver com as páginas do calendário.
Mas com a dispersão com que trato o que julgo importante para mim.
Todos os anos acabam com listas de promessas não cumpridas.
E se hoje digo que me encho de esperanças,  é por só agora ter descoberto isso de verdade.
Estou mais madura talvez e então mais diposta a focar no que realmente me interessa.
Primeiro dia útil do ano, cheguei em casa e fiz meu balanço finaceiro, cumpri a promessa de não beber e tive uma noite de insônia.
Tenho sérios problemas para pegar no sono, mas o alcóol não pode ser a solução para essa minha angústia.
Beber? Só de quinta a domingo e não em casa.
Quartas-feiras serão sagradas para o cinema, que deverá render ao menos um post semanal no Blog que anseio retomar.
A criação desse "espaço", também faz parte das metas para 2010.
Primeiro em escrever diariamente, segundo em ser anônimo e assim me permitir escrever com leveza...


E... vamos nessa, que ainda é o primeiro dia útil, da primeira semana, do primeiro mês, de um ano que certamente será 10!!!