terça-feira, 26 de janeiro de 2010

segunda 25/01 - A Partida


O bar fechou e levamos 3 cervejas para a barraca.
O agora, conseguia ser melhor do que o antes, não éramos mais estranhos.
Conversamos, nos abraçamos, sentimos saudades por antecedencia, nos entregamos e finalmente dormimos, poucas horas, o suficiente para aguentar as terminais.
Acordamos junto com o sol, aproveitamos os últimos momentos na barraca,
os últimos momentos na praia, os últimos momentos no bar em que nos conhecemos.
A tristeza começou a bater forte, parecia que nunca mais íamos nos ver, parecia que era o fim.
O papel e a caneta amenizou o desespero, trocamos e-mail, trocamos sugestões de livros, de filmes, de música, e eu percebia que essa é a diferença, admirar alguém, e eu o admirava, queria conhecer tudo aquilo que vinha dele.
Hora de fazer a mala, hora de caminhar até o ponto de partida, hora de dizer adeus, mas antes dizer o quanto foi especial.
Eu dentro do barquinho, ele sentado no pier, de mãos dadas, meu coração partido, e ele me dizia que lembrou de uma música, cantou um trecho…era  “O ultimo por do sol”, do Lenine.
Partimos, e não tinha como não olhar para trás, para ele sentado lá, para aquela ilha mágica.
No caminho de volta, o sol até ameaçava incomodar, mas a paisagem trazia a paz.
Chegando na capital dos negócios, ficamos 3 horas e meia paradas por conta de um alagamento.
“Agora era fatal, que o faz de conta terminasse assim”

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