terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quinta-feira 21/01


Triste, acordei triste.
O “bip-bip” do cellular, era para avisar que a colega do trabalho ia faltar.
Aviso de um dia ainda mais difícil, se em duas não damos conta, uma só…
E eu só me perguntava porque mesmo tinha feito essa escolha, porque fui começar a trabalhar tão cedo, porque fui morar sozinha ao invés de fazer a faculdade….?
Queria ter a oportunidade de ter feito tudo diferente.
Dizem que as mães, tem sexto sentindo, devem ter!
A minha me ligou no final da manhã, e sem nenhuma informação que a pudesse fazer entender como me sentia… disparou a falar ao telefone:
_ Recebemos uma proposta para mudar para casa ao lado, é maior, não teria porque, mas pensei em você, pensei que esta em tempo de se livrar dessa profissão, de ter tempo para estudar, você não tem de passar por isso, você tem uma família, e hoje eu garanto que posso bancar isso, volta para casa!
Mais de treze anos depois, eu tenho a chance de fazer diferente…
Enquanto ouvia ela falar, eu andava de um lado para outro, tentando fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo, devia pedir para ligar depois, mas eu precisava ouvir aquilo.
E quando me peguei diante de mais uma, das grandes barbaridades que fazem parte do meu dia a dia, me peguei sorrindo.
Alguém assistiu “O Diabo Veste Prada”? Não vou falar sobre cinema, apenas sobre as lágrimas desperadas de invenja que sentia toda vez que via aquela menina, tão sonhadora quanto eu, tão batalhadora quanto eu, tão vencedora quanto eu, jogar o cellular naquela fonte e partir caminho oposto a tudo aquilo!
Eu não vou mais fazer parte disso, o universo esta me dando outra chance!
Hoje admirei muito minha mãe!

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